quinta-feira, 12 de maio de 2011

Incentivando a leitura

Utilizando a caixa de objetos alunos do 5º ano ( Professora Kelly) desenvolveram uma nova prática de contar história. A cada objeto retirado da caixa uma nova personagem ou um novo acontecimento deve ser inserido na história. Ao final, os objetos dever ser recolocados na caixa na mesma ordem que foram retirados. Caso sobre algum objeto, os alunos devem desenvolver uma história escrita tendo-o como personagem principal.
Desta brincadeira surgem algumas histórias muito interessantes, que a cada leitura e releitura são aperfeiçoadas pelos alunos.
A professora usa-as para trabalhar diálogos, parágrafos e pontuações.
Só para ter noção da criatividade dos alunos apresentamos três histórias:

A HISTÓRIA DA PEDRA

Era uma vez uma Pedra que se achava bonita. Linda, na verdade!

Mas ela tinha inveja da Esmeralda, por ela ser tão brilhante e irradiante. A esmeralda era verde e casada com o Cristal. Por isso, que a Pedra tinha inveja.

A Pedra estava namorando com o irmão da Esmeralda, o que permitiu que ela começasse uma amizade com a Esmeralda. Afinal, elas seriam cunhadas!

Esmeralda era muito gentil. Tinha medo da Pedra, pois a considerava muito dura e forte. Cansada de ver a cunhada com toda aquela inveja, sem motivos, resolveu ter uma conversa com ela:

- Querida cunhada, você deve mudar suas atitudes, caso contrário, acabará perdendo o amor de meu irmão.

Essa conversa deixou a Pedra pensativa. Ela amava o irmão de Esmeralda e não queria perdê-lo. Passou dias pensando no que a cunhada lhe dissera. Aos poucos, vou corrigindo suas atitudes.

Passou a se olhar no espelho cada vez que fazia algo de ruim. Observou que seu semblante ficava feio, franzido. Não gostou disso. Então, passou a observar-se quando fazia coisas boas às pessoas e elas retribuíam com um sorriso. Chegava a brilhar um pouquinho. Isso a deixava feliz. Sentia-se mais parecida com a Esmeralda, que tanto brilhava.

Até que um dia decidiu:

- Vou fazer só coisas boas.

Abriu um postinho para ajudar pessoas carentes. Carentes de dinheiro, de atenção, de carinho, de conselhos. Não foi fácil! Tinha dias que ela pensava em desistir.

Um dia apareceu um boneco de madeira, chamado Pinóquio, que gostava muito de mentir, o que fazia seu nariz crescer. Ela tentou ajudá-lo. Mas ele sempre mentia e seu nariz crescia. Conversaram muitas vezes até que ele pareceu entender.

Vendo a mudança da sua cunhada Pedra, Esmeralda disse:

- Que maravilha as coisas que você vem fazendo! Você nem parece a mesma pessoa! Vou rezar para que Deus continue a lhe abençoar!

Espantada com o que a cunhada lhe dissera, correu para o espelho para se ver. Fazia muito tempo que não se olhava direito, tinha muitas pessoas precisando dela. Quando se olhou, que surpresa!

- É verdade! Estou diferente! Mais bonita!

Olhou-se mais um pouco e pensou:

- Acho que ajudar essas pessoas fez muito bem, tanto para elas quanto para mim. Até havia esquecido da inveja que sinto de Esmeralda. Sinto? Não!!! Sentia.

E começou a rir sozinha.

Seu amor dava ainda mais atenção para ela, muitas vezes dando abraços e carinhos que a deixavam com vergonha. Quem diria!

Mais uma vez pensando em Esmeralda, a Pedra resolveu agradecer a Deus:

- Obrigada, Senhor, pela cunhada que o Senhor me deu que com poucas palavras me mostrou o quão errada estava. E ainda permitiu descobrir que ao fazer o bem às pessoas estou fazendo o bem a mim. Obrigada!

Vendo a mudança de atitude da Pedra Deus lhe disse:

- Filha, Você parou de ser invejosa. Então, você vai ficar brilhante como uma estrela!!! Vai brilhar como a Esmeralda!

A Pedra se assustou:

- Não quero deixar o meu namorado!

E Deus lhe disse:

- Então, vou fazer com que você e seu namorado virem uma estrela! Vocês estarão juntos iluminando todas as pessoas que precisam!

E assim, dois, felizes, foram para o alto, transformados em estrelas, para brilhar para todos!


O PEDRO E A PEDRA

Pedro era um menino muito atrapalhado e “se achão”. Em tudo ele queria mandar.

Muito atrapalhado, que era, fechou os olhos, não viu a pedra em seu caminho e caiu. Quando abriu os olhos estava caído no chão, com a cara tudo esfolada.

Seus amigos que passavam pelo lugar, quando viram Pedro com a cara daquele jeito, caíram na risada. Deixando-o muito envergonhado.

Pedro levantou-se rápido e saiu. No caminho, encontrou algumas flores, pegou-as e pensou em levá-las a sua namorada. De repente, ploft, caiu!

Já bravo com a situação, pensou:

- Ai, ai, hoje, deve ser meu dia de azar. Cada pedra que encontro é um tombo que levo!

Com as flores todas amassadas, seguiu seu caminho em direção a casa da namorada. De repente, outra pedra. E mais um tombo.

- Estou mesmo com azar!

Chegou à casa da sua namorada e lhe entregou as flores amassadas. Explicou o que lhe havia acontecido. A namorada não entendeu o problema de Pedro e terminou o namoro. Quando estava se despedindo, mais uma pedra o põe no chão.

- Que dor!

Resolveu ir para casa. Tomando cuidado para não pisar em pedras. Todo cuidado não o livrou de mais um grande tombo. Dessa vez, Pedro caiu ao atravessar a ponte, indo diretamente para dentro do riacho.

Chegou a casa além de esfolado, molhado e sujo, muito triste com a sua situação.

Seus pais resolveram lhe levar ao hospital, para fazer alguns curativos. O médico disse que eram apenas esfolões superficiais, mas que o impediriam de jogar futebol por alguns dias.

Novamente, em casa, decidiu que ficaria em seu quarto para evitar novos tombos.

- Vou ficar deitado na cama. Estou cansando.

Deu uma cochiladinha. Rolou na cama e... Ploft! Caiu da cama.

Pensou:

- Do chão não tenho mais como cair.

Acostumado a estar na rua, Pedro logo cansou de ficar no quarto e saiu. Foi dar uma voltinha para ver se seu azar tinha passado. Decidiu que não iria fechar os olhos.

No caminho, Pedro avista uma pedra.

- Essa pedra não vai me derrubar.

Quando chegou perto dela, viu que era diferente, parecia até que brilhava. Ficou admirando-a e pensando nas outras pedras que ele havia encontrado no caminho. Colocou aquela pedra no bolso e tomou uma decisão:

- De hoje, em diante, vou mudar. Chega que ser trapalhão. Chega de me achar. Até uma pequena pedra pode me derrubar e fazer um grande estrago comigo. Vou prestar mais atenção nas coisas.

Arrumou um emprego e uma nova namorada. Trabalhava muito.

Anos depois, Pedro encontrou uma pequena pedra que lhe chamou a atenção, sentou-se uma grande pedra que havia por perto e observou-a, era pequena, verde e brilhante. Olhou em volta. Viu que havia mais pedrinhas iguais aquelas, em volta. Juntou-as, levou-as a uma joalheria. Elas foram avaliadas e Pedro ficou rico.

Eram esmeraldas!

Pedro, conversando com sua namorada disse:

- As pedras me derrubaram e me ergueram novamente.


A PEDRA

Tinha duas pedras. As duas eram irmãs.

Um caçador avistou-as e as pegou. Uma delas ele deu para sua irmã jogar no tigre e a outra ele mesmo usou para jogar na boca do leão.

O leão engoliu a pedra. A irmã pedra quando viu a cena disse:

- Não. Não vai. É só você que tenho na vida...

Mesmo triste a pedra continuou a viver.

Um dia, ela encontra um namorado. Enquanto uma pedra namorava, a outra continuava na barriga do leão.

Passado algum tempo o leão resolveu vomitar a pedra, que ao sair daquela barriga e ver a irmã com namorado criou a maior confusão.

- Então, enquanto estou lá na barriga do leão, você esta aqui se divertindo.

A outra respondeu:

- Você acha que sou burra! Que iria morrer só porque você havia sido engolida por um leão. Não senhora, nada tive haver com sua desgraça. Tinha que continuar a viver.

A pedra da barriga do leão passou a observar o namorado do irmão e viu que ele era um grande aproveitador. Não queria saber de trabalhar.

Ligou para o irmão que morava em outro país. Este veio furioso ver o que acontecia. Ao chegar e constatar que o que a irmã lhe contava era verdade, agarrou o namorado e quase o quebrou.

Machucado e ofendido o namorado correu de medo e falou:

- Louco! Você é louco só porque ficou preso?

O irmão respondeu:

- Não! Não quero que minha irmã namore com um homem que não trabalha. Vá embora!

Ele foi. Nunca mais ficou desempregado. Aprendeu a lição.


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